E eu te respondo "Depende". Você vai usá-lo todos os dias e em todas as preparações culinárias? Vai usar de vez em quando? Quanto você vai utilizar?

O óleo de coco começou a ganhar destaque pelo modismo em volta de seu suposto efeito benéfico na longevidade sugerido pelo empresário Dave Asprey ao misturá-lo com café, o que ele chamou de bulletproof coffee (café à prova de bala). Dave não tem nenhuma formação em ciências da saúde, mas enfim.... A mistura virou moda entre as blogueiras e celebridades.

Extraído da polpa do coco fresco, esse óleo é basicamente composto por gordura saturada e uma pequena parte de gordura da família ômega-6 (Dê uma olhada no meu instagram no posto "COMO ESCOLHER ÔMEGA-3" que lá eu falo um pouquinho sobre os ômega-6).

Eu particularmente não indico o uso do óleo de coco por dois motivos: Inconclusivas evidências na literatura de seus benefícios propostos e preço.

Só para se ter uma ideia, em 100 g do produto, o óleo de coco tem quantidade superior de gordura saturada (82,5 g) comparado ao óleo de soja (15,2 g) e dendê (43,1 g) JUNTOS, ou seja, se consumido em excesso aumenta-se o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, principalmente quando esse consumo está associado a um estilo de vida sedentário e dieta rica em alimentos ultraprocessados.

Não é pra comer óleo de coco então?

Não é isso, tudo vai depender do motivo pelo qual você consome esse produto. Se você o consome porque ouviu dizer que é "saudável", eu te recomendaria outros óleos, além de todo o processo de mudança de hábitos alimentares, afinal não é somente o óleo de coco que promove a real mudança de estilo de vida saudável. Mas se você consome porque gosta do sabor e gosta de usar nas preparações, ok, esse post também serve para você, o importante é que você saiba o que está consumindo e saiba que há opções melhores de óleos.    


by Nutri Dani Esteves